terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Motor Electro Gravítico – Desenvolvimento

No seguimento do desenho do motor começaram a surgir problemas que os professores em que mais confio avisaram. Assim sendo, vou explicitar alguns.
O sistema a que me proponho utiliza roldanas para diminuir a força necessária ao levantamento de um peso e ao posterior aproveitamento na criação da energia da carga a cair (transformação da energia potencial em cinética e seu aproveitamento). Quem ficar por aqui, percebe que poderia ser de facto possível.
Com um conjunto de 2x2 roldanas e um peso de 10 Kgs apenas seria necessária uma força de 5 kgs para elevar o peso, ou seja, se considerar um percurso vertical de 2 metros, a energia potencial no fim do curso seria equivalente a 5*2*9.8, cerca de 100 J’s. Por outro lado a descida do peso de 10 kgs libertaria 200 J’s que poderia ser aproveitada por um alternador ligado a um veio por sua vez ligado às roldanas fixas no topo do sistema.
Tudo isto faz sentido, no entanto a Lei da Conservação de Energia, Primeira Lei da Termodinâmica, não permite que esta situação aconteça, porque o output energético seria maior que o input e se assim fosse bem que podia reformar-me porque o meu feito seria digno de registo. No entanto nada é tão linear. O facto é que o trabalho (Força x Deslocamento) na subida e na descida é o mesmo. Se na subida do peso a força é menor não é menos verdade que a bobine tem que rodar mais vezes para fazer subir o peso já que existe mais corda ou seja, o trabalho é exactamente o mesmo e daí a energia despendida seja exactamente igual.
Este conceito baseava-se no uso da força gravítica (que existe em todo o mundo) para ajudar a criar energia limpa. Mas é isto o fim? Em princípio sim, porque sou um sonhador e sempre o serei, mas não posso arriscar a minha sanidade na procura de uma solução para algo que de momento não tem solução.
No entanto, logo à partida queria deixar assente que tenho muitas ideias que gostava de testar:
Uma mola no fim do curso faria com que o peso subisse com menos força dando-lhe impulso e iria provocar menos impacto nos fins do curso mas, por outro lado a energia seria absorvida no impacto da mola e portanto o trabalho (ideal) seria novamente o mesmo.
O uso de rodas dentadas para desmultiplicar a rotação do veio do alternador seria essencial para esta situação, fazendo com que o alternador criasse mais energia em conjunto com a adição de bobines, mas aqui tenho dúvidas porque não pode ser tão linear.
Mas há mais situações que gostava de investigar, mas que devido à falta de tempo e conhecimento não é possível como por exemplo utilizar os motores de subida para criar também energia na descida do peso (rotação do veio em sentido contrário).
No entanto, tenho a perfeita noção das várias leis da termodinâmica e de Lavoisier: “Nada se perder, nada se cria, tudo se transforma.” Mas, também deixo aqui assente que acho que essas leis acabaram por cair (ou pelo menos sofrer uma melhoria) e que algo de muito diferente nos espera no futuro.
Os atritos existem tanto na subida como na descida e têm que ser considerados, mas como o atrito no veio das roldanas pode ser considerado praticamente nulo, as perdas rondariam 5% numa eventualidade.
Atenção:
O sistema actual seria um óptimo sistema no armazenamento de energia. Com pouco esforço qualquer pessoa teria uma elevada energia potencial de reserva em casa (através de motores ou força física por exemplo) e poderia descarregá-la a qualquer momento, como numa barragem já que a água que está depositada é energia. Imaginem que se eleva um peso de 1000 kgs a 1 metro de altura. Isso representa 10 Kj’s de energia e com um sistema de 50 roldanas apenas é necessário fazer uma força de 20 Kgs, portanto como brincadeira podiam fazer isto nos ginásios para criar energia, éramos mais saudáveis, bonitos e ainda mais limpos do ponto de vista energético já que o suor…
Numa sessão de levantamento de peso (levantando 20 vezes por minuto, de 3 em 3 segundos, 20 kgs) durante 10 minutos, conseguiria obter 200Kjs (10 Kj x 20 elevações/minuto x 10 minutos), aproximadamente 0.56 Kwh. Tendo em conta que por ano uma casa consome geralmente 2000 Kwh, se multiplicarmos isto por 365 dias, teríamos 204.4 Kwh por ano de graça (ou seja uma poupança na factura de 10% ou de 24.2 euros anuais, agora imaginem que o agregado tem 3 pessoas e que cada uma faz isto 3 vezes ao dia, poupariam 9 vezes mais, cerca de 217.8 euros por ano, agora imaginem um ginásio, ganharia mais em energia do que em quotas!!!!)

Agora vou desistir? Não, mas não vou andar a forçar ideias e a investigar coisas que vão além do meu foro de conhecimento e às quais não sou eficiente.

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