quinta-feira, 30 de junho de 2011

As novas medidas de austeridade

Há coisa de um dia ou dois escrevi sobre a Grécia e preocupa-me de facto a situação que o país helénico atravessa, no entanto, dessa mesma forma foi com agrado que vi as medidas aprovadas hoje no hemiciclo. Todos os portugueses irão pagar os excessos de todos, e pois bem, se a dívida não é do povo tal como se costuma dizer, não se esqueçam que grande parte dessa dívida vem da manutenção da segurança e da saúde, que ninguém diz recorrer mas quando cai o carmo e a trindade é necessária. Não irei fazer qualquer manifestação, mesmo com corte de rendimentos aqui em casa, não irei sequer levantar a palavra contra o governo e muito provavelmente atirarei pedras a quem as atirar ao governo, porque eleitos representam o povo, nem que seja apenas 40% da população que decidiu não ficar na praia, e como representantes dessa população merecem o respeito e até prova em contrário é uma medida essencial para manter o nosso padrão de vida Europeu. Todos vamos pagar, todos gastámos e ninguém está de consciência limpa. Como tal, até ao final do ano esperarei por um valor de 5.9 no défice, valor com elevado comprometimento garantido por este executivo. Se nesse ano o valor não for apresentado sugiro a demissão imediata não só do governo, mas dos mais altos cargos políticos da Europa. No entanto, ninguém se pode esquecer que se este objectivo não for alcançado não se poderão queixar de cortes nos ordenados, porque não os terão, nem de aumento dos combustíveis pois também não poderão manter o carro.
A dureza das palavras é real e o comprometimento de todos e entreajuda essencial para ultrapassar este momento. Lamento que tenhamos todos de pagar por erros do passado, mas na vida é mesmo assim e muito provavelmente pagam agora excessos cometidos por pais e avós, e quem me disser que não paga, que nunca precisou nem vai precisar, que o diga porque encarregar-me-ei de discutir avidamente o assunto e tentar perceber se estão de facto correctos. Mas aconselho desde já a não cair no erro de apenas atirar uma pedra sem razão e que primeiro deixem pelo menos uma alternativa aos cortes salariais para que eu veja que estão interessados.

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