No meu dia a dia de sonhador inveterado e na procura constante do desafio e do novo sinto, uma necessidade incessante de viajar, de mudar de ares e me apaixonar novamente.
Sou de paixões fortes e passageiras, daquelas olhadas com desdém pela maioria e por isso tenho tendência a procurar o refúgio da solidão, não por medo mas porque sei que a melhor forma de ser feliz sem recurso a nada mais que a mim próprio. A verdade é que quando somos intrinsecamente felizes, reparamos que nada mais alem de nos próprios e necessário para atingir essa tão própria felicidade humana.
Acrescento ainda o facto de quando na solidão somos felizes, percebe-se ainda que é única e exclusivamente connosco que podemos contar num futuro a médio, longo prazo, onde as responsabilidades serão maiores e onde apenas mais pessoas dependerão de nós.
Assim, viajo para ter a certeza da minha auto-suficiência, para ver o belo e novo, para me apaixonar e só qualquer consciência universal sabe as vezes que me apaixono desinteressadamente pelo mundo. Viajo ainda numa tentativa de me inspirar para criar, para desenhar algo novo, e enquanto que o objectivo não e atingido, conheço realidades distintas, vejo novos mundos, e aprendo. Acima de tudo aprendo, porque no fundo queria tornar-me num contador de histórias como qualquer viajante conhecedor.
Viajo ainda numa tentativa de me manter jovem e desafiar as novas realidades distintas das actuais. Só assim, alem do estudo, aplicação e vontade nos podemos tornar melhores, mais completos, numa procura da evolução humana e pessoal. E enquanto me refugio na viagem distancio-me de tudo o que não considero valor acrescentado. Procuro ainda poupar cada vez mais tanto recursos materiais como a minha capacidade física para rodar o mundo, para fazer girar os hemisférios e o contador dos kms percorridos.
Viajo porque preciso.
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