domingo, 5 de dezembro de 2010

Acer Aspire 5738


Hoje decidi tirar algum tempo para explorar o computador que apareceu cá em casa. Depois do Fujitsu que foi uma má experiência e de um pequeno netbook da Asus que excedeu todas as expectativas no ciclo de vida computacional que é normal para um computador deste género, esperava um salto qualitativo e foi sem mais nem menos o que aconteceu.
O 5738 não se destaca pela sua beleza ou capacidade de impressionar sentado numa mesa ao jantar e parece apenas um portátil modesto com umas linhas arredondadas e a verdade é que em muitos aspectos é isso mesmo.
De facto este portátil teve a sua produção descontinuada em 2009. Então, eu amante de computadores o que faço hoje com este computador em pleno 2010? Pois bem, as características que apresenta são ainda hoje muito válidas para um curso de engenharia que envolva computação. Eu explico. Não vejo grande necessidade em 4 cores ou na nova classe i da Intel, que no melhor dos casos aumentaria o processamento em 20 ou 30% e como tal não vejo um trade off vantajoso, quanto às gráficas sim podia ter arranjado algo um pouco melhor que a 5785 Radeon que o equipa, mas para um portátil e com o intuito de desenho técnico que lhe pretendo dar e simulação de malhas é-me mais que suficiente, os 4 G’s DDR3 expansíveis até 8 ajudam a fazer a escolha que é finalizada com o teclado em pastilha e com um numpad independente assim como um touchscreen que francamente me fez a diferença.
Geralmente ando com as mãos sujas de serrim, óleo ou derivados e não posso propriamente mexer no computador com a descontracção que desejo, portanto este ecrã é importante sem esquecer a componente recreativa que até agora tem sido interessante, mas surgiu um problema, este ecrã era capacitivo e não resistivo, ou seja, nada de luvas ou canetas, dedo apenas. Rimou. Mas enfim, de toda a falta de génio fica sempre uma ou outra coisa para impressionar as visitas ao jantar e como tal apresento-vos a minha solução.
Fita cola, fio condutor, uma caneta velha e um quadrado de espuma especial que me guarda os processadores.

 Infelizmente não tenho provas em como funciona porque não me apeteceu fazer um vídeo, mas sim funciona bastante bem. E é mais económica e prática que as canetas HTC de 20 euros de tamanhos de pénis coreanos, que serão maiores que o meu certamente mas que não primam pela sua utilidade e versatilidade.
Piadas abusivas à parte, o 5738 dá algumas nuances do porquê de ter sido descontinuado. Primeiro o preço em relação aos componentes, o Magalhães custa quase o mesmo que esta besta que tem como classificação mínima do Windows 5.7 no processador, para um futuro engenheiro pouco dado a belezas nada saltaria à vista, mas está ali um botão que não leva a nada porque o Bluetooth não existe e há espaço para uma ou outra coisa que foi removida. No entanto não sinto a falta de nada até agora. Corri Black Ops bem, Autocad, e testei uma boa indexação sem problemas.
Comparado com um Envy por exemplo o custo é cerca de 3 vezes menor e se é um facto que a qualidade dos materiais não é a mesma, não foi para isso que o comprei. Comprei-o sim, para o fazer sangrar e ranger com tudo o que lhe puser em cima e no fim sobreviver e ainda me dizer obrigado por o ter acordado às 4 da manhã, porque é para isso que uma máquina serve.
A nota é muito, muito positiva e estou francamente impressionado no bom sentido.
Resultado: Bom, penso não ter descuidado a minha higiene diária e trabalhos, logo é o computador perfeito. Apetece-me atirar-lhe para cima a análise geométrica da Ponte Vasco da Gama, mas ao mesmo tempo não me excita por aí além instalar um jogo ou algo do género. É o computador de trabalho na verdadeira assumpção da palavra.

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