segunda-feira, 11 de julho de 2011

Férias

Ok, no dia que  acabo o quarto ano e oficialmente começam as minhas féria decidi descansar das aulas e do mundo da faculdade como já fui dizendo áqueles mais próximos. Portanto, como bom esquilo que sou ando a amarfanhar cá para casa tudo o que posso para passar o tempo e descansar. Sim, provavelmente devia dormir, mas não consigo passar muito tempo na cama ou deitado no sofá. Assim, chegam de Inglaterra e de Lisboa, alguns presentes pelo meu "bom" comportamento.

A caixa
 Primeiro quero dar sempre uma ideia que sou muito inteligente e interessante. Claro que isto se afasta completamente da verdade, no entanto é uma mania que tenho, tal como utilizar os tacões da minha mãe e ver as tardes da Júlia enquanto me lambuzo com morangos, chantilly e um chocolate suíço feito por mãos masculinas e... Bem, manias...
(...)
Enfim...como ser totalmente político e virado para a discussão decidi descobrir porque é que Salazar caiu abaixo da cadeira com um conjunto de 4 livros rebuscados num qualquer balde do lixo de um militante do MRPP. Pois bem, acolhi-os e acarinhei-os como se fossem meus, no entanto eles têm vida própria e já colocaram um horário de tarefas cá em casa, partilha de contas bancárias, removeram as chaves dos carros e as refeições passaram a ser à base de batatas. Tenho sonhado com a Sibéria, não sei porquê, talvez seja um retiro bom para umas férias...sim...umas férias...
...para sempre. :|
Da esquerda para a direita de cima para baixo:
1. O subdesenvolvimento e o caminho para o desenvolvimento - Humberto Pérez - 1975
2. (o cor de laranja) Viagem à União Soviética e outras páginas - Urbano Tavares Rodrigues - 1973
3. Evolução da Economia Portuguesa - Armando Castro e Lindim Ramos - 1973
4. (o branco)Teoria e Política no pensamento de Trotsky  - Denise Avenas  - 1973 (Edição Nº 147)
 Não há muito a retirar disto. Ou melhor, há. Não posso evitar. Reparem no ano, pois bem, alguém foi responsável pela revolução de 1975, acho que encontrei o balde do lixo da PIDE. Até porque um dos livros apresentava restos de cabelo humano lá dentro, um pequeno rolo de cabelo e não, não estou a brincar.
Depois o livro de Trotsky e a edição. Façamos contas redondas: 200 milhões de Russos. Cada família com um e tendo em conta que na Rússia são 5 pessoas em cada família, dá 40 milhões de livros. No entanto apenas metade dessas pessoas podiam comprar o livro. 20 milhões de livros. Mas!, e há sempre um mas, metade dessas pessoas foram mortas por causas naturais (sim, eu sei que a frase não faz sentido) e os livros foram passando de mão em mão, logo 10 milhões de livros, no entanto, as famílias partilhavam entre si, 5 milhões. Acresce o facto de que desses 5 milhões apenas uma média de 1000 sabe ler português, ou seja eram edições de apenas um livro. Muito provavelmente este número refere-se à edição portuguesa, que mesmo assim com 100 livros por edição já daria um bom número. Resultado: estas contas não têm qualquer lógica.

 Ok, mas agora assuntos sérios. De Londres também chegaram três aviões: 
Mais importante era que vinham com esferovite e aquela protecção de plástico às bolhinhas.

Now, from London!!! Styrofome!!!

Um jap, um aussie e um bife.

Há pouco estava a ver um videoblog e por parvo que pareça nunca me tinha lembrado de fazer um. O problema é que por outro lado é muito difícil arranjar um assunto digno de registo para um vídeo ou que me ocupe a mente por mais de 5 minutos. 
Ah!, estava a tentar descobrir porque Salazar tinha caído. Bem, talvez a ler estes livros ou morreu de sono, ou caiu várias vezes abaixo da cadeira a rir-se, tal como eu, que provavelmente magoei uma costela quando tentei abrir um livro para colocar aqui uma citação parva, mas tudo tinha lógica e senti um soco no estômago a pensar que a esquerda é que é o caminho. Na realidade tenho a perfeita noção que os livros políticos são extremamente desafiantes se tentarmos manter as nossas ideias e por isso é que gosto, porque tenho perfeita noção que no caso de levar com um Mein Kampf em cima, como já levei, também serei influenciado. Manter as nossas ideias e discuti-las é um desafio.

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