De volta a casa
num comboio em que nunca julguei viajar com tanta frequência, vejo Lincoln, um
filme que dentro de alguns dias passará pela cerimónia dos Óscares e
garantidamente levará uma estatueta dourada para casa. Leio o Público, o Record
e uma revista sobre fotografia digital. No último ano desenvolvi uma série de
competências próprias do trabalho que faço. Olho as pessoas nos olhos com mais
frequência, tento ouvi-las e perceber, sou mais curioso e até indolente quando
não percebo as coisas. A cultura tornou-se essencial, não só para parecer mais
inteligente, mas para o ficar e sentir-me bem comigo próprio. Tornei-me fã de
gastronomias mais exóticas, faço desporto frequentemente, e desenvolvi um gosto
muito particular pelo meu trabalho e pelos conceitos que estão na sua base:
tento melhorar, perceber onde estão os problemas e resolvê-los. Concluindo, sou
uma pessoa diferente.
No último ano
comprei outro carro, mudei de casa e passei a ser independente. A vida mais
pessoal acabou por ficar mais esquecida no turbilhão de ideias e desejos de
mudança. Culpo-me a mim claro, escolho os caminhos difíceis, percorro longas
distâncias, dou voltas e perco tempo à procura muitas vezes do nada. Gosto de
perder tempo porque sim, gosto de ir à praia com chuva, e andar de carro
aleatoriamente, arriscar em quelhos e ler livros técnicos na expectativa de
aprender mais alguma coisa.
Fiquei perto de
atingir os meus objetivos “financeiros”, falhando por pouco graças há minha
clara falta de controlo orçamental e esbanjamento precário de dinheiro em
brinquedos e prendas (Hei! Nem todas para mim!).
Por isso, no
final do primeiro mês do novo ano quando as resoluções de ano novo já podiam
estar esquecidas decidi reforçá-las.
- · Objetivo financeiro fica para mim mas só há um e resulta da multiplicação;
- · Câmara Fotográfica e praticar (uma semiprofissional de forma a praticar aquilo que ando a ler);
- · Dobrar a minha coleção de CDs;
- · Comprar 1 Documentário por mês;
- · Comprar 1 Livro por mês;
- · Iniciar uma coleção de vinil;
- · Escrever com maior frequência (pelo menos 2 páginas por semana);
- · Fazer uma viagem longa (para o meu standard);
- · Tirar carta de moto.
E partilho isto
porquê? Primeiro porque sei que ninguém gosta de ler estas coisas e estou só a
fazer ronha. Segundo porque quando publicado sei que existe um maior sentido de
empenho e gostava de facto de cumprir estes pontos.
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