domingo, 27 de julho de 2008

Feather


Sim, se me pedissem para caracterizar os Radiohead numa palavra, a palavra era essa: Feather.
Estava a ouvir a Scotch Mist, ou melhor, estou outra vez a ouvir, uma espécie de clip caseiro com as músicas do novo albúm.
A verdade é que sou um fã enorme do Tom Yorke, aquele ar sempre cansado, como quem esteve em palco 24 horas seguidas, a forma como ele se contorce com a música e se deixa levar...Dizem que tudo é imagem, e que só vende o que tem uma boa imagem, e que Radiohead é imagem, e que Radiohead vende porque tem imagem, pois eu estou pouco importado com a imagem. Se todos fossem assim, ou melhor, se todos transmitissem os ideais que eles transmitem, sentia-me eu muito feliz.
Mas, há sempre um mas, o que significam as letras? Não sei. Talvez esteja aí a piada. Tanto podem estar relacionadas com astrologia, metafísica ou ecologia. Tanto me faz, gosto das letras, mesmo que não tenham uma ligação ao mundo real. E que importância tem isso por fim? Eu acho que nenhuma, afinal a música é e deve ser acima de tudo uma actividade espiritual e não material ou palpável.
Porquê feather? Porque é leve, já há 20 anos que segue com o vento a direcção da modernidade, a música é angelical e delicada, não passa de moda e no entanto encontrámos tantas bandas que tentam imitar aquilo que não é imitável. Assim é com as penas artificiais.

Sem comentários: