quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Conflitos


Tenho seguido de longe o conflito armado na Ossétia do Sul e vejo com alguma preocupação a acção armada da Rússia sobre aquele ex-território. Primeiro a facilidade com que foi despoletada esta invasão. Um dia tudo normal, no seguinte guerra declarada sem cessar fogo à vista. Foi extremamente rápido sem qualquer pré-aviso, pelo menos que eu tenha reparado, há 5 dias atrás quando tudo isto começou, não havia qualquer notícia que deixasse prever tal acção. Deixa-me abalado a forma como a ainda super potência Rússia não precisa de pedir opinião para fazer o que quer.
Segundo, e sei muito bem que os Jogos Olímpicos tiraram muita relevância ao que se tem passado, a falta de informação sobre o que se passa naquela zona. Basicamente sei que forças russas invadiram a Ossétia do Sul e uma região mais ocidental, de resto tudo passam de rumores não confirmados lançados pelas duas facções beligerantes.
Terceiro, a falta de organização mostrada pelas forças armada georgianas. Afinal de contas trata-se de um país independente que deve ter as suas próprias defesas e como tal não se apoiar em milicianos para defender o seu próprio território, ainda que contra um país militarmente tão poderoso como a Rússia não haja muito a fazer.
Bem, no geral, isto tem-me preocupado, porque parecia-me uma região pertencente à Europa, totalmente livre de ameaças e relativamente segura assim como estável. Chego à conclusão que afinal não estámos salvos em nenhum lugar. Sei também que guerras maiores começaram por bem menos e, se bem que não me pareça que exista interesse de mobilização militar neste momento das grandes potências mundiais, guerra é sempre uma possibilidade.
Concluo também que ter recursos naturais pode ser uma benção enorme, mas pode ser também uma corda no pescoço, caso dos oleodutos, gasodutos e reservas de gás na Geórgia.
Ah, Portugal, és um tédio cheio de pobreza de espírito e de carteira vazia, no entanto nada paga o sossego e a paz de alma que nos dás. Por estas e por outras devemos adorar o nosso país.