Não, infelizmente nunca tive dinheiro para ir a Cuba. Mas de momento é o meu destino de eleição. Isso e a Irlanda ou Escócia por razões que um dia vos vou dizer.
Em cada cubano um mecânico e um músico o meu pai diz muitas vezes. Para mim o cubano é o ser vivo ideal não gostasse eu de música e de mecânica.
Alguém que leu isto já foi a Cuba? Se alguém tiver passado por lá que me conte histórias, estou sedento por mais. Entre colegas temos discutido algumas vezes os mais variados temas e muitas vezes Cuba vem à conversa pela mais variadas razões. Ora como não gosto de mandar a minha opinião para o ar sem estar baseada em fundamentos sólidos geralmente calo-me ou desvio a conversa para os meus domínios, mas como não gosto de fazer isso nem de ter que me retirar do meio de uma boa discussão informei-me o mais possível sobre Cuba se bem que não há nada como lá ir e ver realmente do que estámos a falar.
Independetemente do que possa dizer, sempre fui um fã de comunismos e derivados, sou admirador de Fidel e vergo-me quando ouço o nome Guevara logo é normal que eu admire Cuba. Para mim é um país de sonho. Sabem, acho que sempre gostei de ignorância no geral e acho que me sentia muito mais feliz quando era mais ignorante, assim, para mim a forma como os cubanos vivem de olhos vendados é meia felicidade para mim. Sim, eu sou daquelas pessoas que de manhã a primeira coisa que faz é ligar o computador e ver todos os jornais online, visitar o e-mail para ver notícias que recebo diariamente dos jornais, recebo newsletters todos os dias e visito 3 a 4 vezes ao dia sites informativos, como conseguia eu viver sem isto? Acho que agora não conseguia, mas também tenho a certeza que quando era miúdo se não tivesse tido acesso a este excesso de informação não ia sentir falta dela actualmente.
A verdade é que ando muito desiludido com a informação no geral. Tenho tudo ao meu dispôr, recebo as mais variadas mensagens todos os dias, notícias de todo o mundo e sinto que não há nada de novo. Cada dia que passa é mais um dia de tédio. Há uns tempos se uma ponte caía eu via a notícia, agora é banal. Carro novo? Fatos invisíveis? Não são novidade.
Como eu gostava de ser um cubano, músico involuntariamente, mecânico por necessidade, embargado, sem acesso a nada, isolado do mundo e da informação que não vale nada.
Ou se calhar vale, eu é que entrei naquele tédio de que nada é novo e tudo já foi visto.
Gostava de viajar no tempo, 20, 30, 40 anos atrás e como me parece que tão cedo não seja possível em termos tecnológicos gostava de experimentar enfiar-me num avião e voar na direcção contrária aos ponteiros do relógio, recuando 40 anos para um mundo diferente, um mundo chamado Cuba.
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