quinta-feira, 1 de abril de 2010

Guimarães

Esta cidade não é nossa
Esta cidade não é vossa
Esta cidade não é de ninguém
Mas foi um dia minha também

Nas pedras da calçada
Limpas, certas e arrumadas
Sem uma única maçada
Expectativas defraudadas

O discurso é insipiente
Burro e displicente
Parvo, inconsequente
E assim se segue em frente

Um sítio de artimanhas
Longes tempos de façanhas
Longes memórias de glórias
Perdemos até nas vitórias

Copo meio cheio
Mesmo assim com receio
Pelo sim pelo não
E porque não se liga à razão
E como se evitasse calafrio
Copo meio vazio.

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