sábado, 17 de julho de 2010

José Cid e Herman José (17 Julho)

Sabem? Quando lemos, escrevemos, ouvimos e falámos aprendemos imenso.
Assim é, o contacto com outras ideias e pessoas fascina-me e eu adoro falar, ou ficar quieto a observar, porque tenho a irritante tendência a avaliar pessoas antes de me inserir numa conversa.
Ultimamente vejo o mundo por mais do que um par de olhos, o que me leva a ver as cores noutro espectro e as formas noutros planos. Assim é com as outras pessoas e até com os meus comportamentos. Hoje dou importância a outras coisas e tenho ideias diferentes, veja-se o caso de José Cid ou Hérman, estou aqui a ver e se um dia admito que fui parvo ao ponto de gozar com a obra de José Cid ou Herman José, hoje admito também, ao conhecer melhor a sua obra e a ver com atenção estes senhores que a sua obra é digna de registo.
Fui daqueles que gozou com “como o macaco gosta de banana” sem conhecer o que estava por trás, no entanto sei, fui daqueles que com 18 anos, há dois anos apenas, chamava homossexual ao Hérman para me incluir no grupo infantil ou até juvenil que também gozava com a forma como este senhor se dava ao "desplante" de gozar consigo próprio e se deixar levar pela sua bolha de humor própria.
A minha geração, e muitas outras, tem tendência a ser impassível e a estereotipar, a ter pouca paciência para aprender e viver e a ser intransigente nas suas ideias. Isto acontece até abrirmos os olhos para o mundo que nos rodeia. Não sou nenhum iluminado, não, infelizmente não, mas cada vez mais tento ver todos os outros lados e não apenas a minha trincheira e isso faz-me acalmar: pausa e pauta a vida adolescente intolerante e demasiado rápida. Não estou parado obviamente a ver o programa, estou a escrever e a ouvir, mas acima de tudo estou a avaliar e a ponderar o que ouço, vejo e escrevo. Pode parecer que não tenho uma opinião definida e que ando a toques de outros pensamentos e ideias, mas a realidade é que a minha opinião é ouvir primeiro tudo o que pode ser ouvido sem extremismos e depois, mas só depois tomar uma opção.
Ficam aqui os meus parabéns aos senhores Herman e Cid, monstros da cultura portuguesa.

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