O máximo que conseguia fazer era ficar a seu lado e quase que empurrá-la para o destino certo, tinha as pernas compridas e era quase tão alta como eu e acabei por não evitar ver o quão perfeitas elas eram.
- Desculpa, mas não és de todo parecida com a tua irmã.
- Hum, que queres dizer?
- Não sei, mas o tom de pele e o cabelo.
- Sim, eu percebo, durante muito tempo, quando éramos crianças, ninguém acreditava que eu era irmã dela e bem de certa forma têm razão.
- Ah? Que queres dizer com isso.
- Bem, além de sermos muito diferentes, não somos filhas da mesma mãe, tu percebes.
- Então o vosso pai esteve casado duas vezes?
- Sim mais ou menos, a Zoe nasceu e pouco depois a mãe dela separou-se do meu pai. Aliás eu nem tenho os mesmos nomes que ela. Dora Lorenzo Soto Guzman. – elucidou-me ela enquanto me espetava com um cartão de cidadão italiano em frente da cara por momentos e se ria num gesto brusco e rápido. - Encantada por o conhecer.
- Bem, duvido. – Afinal estava mal vestido e com umas sapatilhas todas rotas, além de estar cheio de sono. A Zoe não podia ter escolhido pior altura e momento para me apresentar à irmã. – Mas então tu és mais nova que a Zoe?
- Hum, hum, porquê? Não se nota? – perguntou ela enquanto se ria e fazia uma pirueta em plena rua rodopiando sobre si própria levando o cabelo grande e solto a passear no ar de forma graciosa assim como os seus dedos nodosos e delicados, tais como os da irmã, mas mais brancos e frágeis.
- Não, não é isso, não pareces, só isso. – disse eu, outra vez embaraçado enquanto tinha parado a olhar para ela no meio da rua maravilhado com os seus movimentos. Ia ser complicado viver com ela já vi. Existia nos seus olhos uma quantidade de loucura mensurável e contida, mas que às vezes se revelava em gestos ou movimentos e lá estava, sem mais nem menos já estava cinco metros à minha frente.
- Então o caminho? É por aqui ou não? Detesto ficar parada.
- Sim, é por aí. – Apressei o passo para a alcançar. – Os teus nomes soam a espanhol...
- Claro, porque são. A minha mãe era espanhola, ou melhor de origem, porque se formos a ver era tão inglesa como qualquer outro que cá tenha nascido.
- É de facto normal, toda a gente vem cá parar, nem que seja pelo menos uma vez na vida. Mas não pareces nada mediterrânea, já a tua irmã...
- Estás a falar do tom de pele? Da altura? Dos olhos?
- Sim, tudo isso.
- Eu sei, mas que queres que te diga? Adoptada não fui, mas a minha mãe também não tinha muito o aspecto mediterrâneo que falas. Acho que tanto eu como a Zoe herdámos mais das nossas mães do que dos pais. Inclusivé o feitio.
- Disso duvido. Pareces-me também bastante...
- Bastante o quê?
- Ei chegámos, mas espera. A porta está aberta. Toda a gente mesmo sabendo que não ela fecha tem o cuidado de pelo menos a encostar. – disse eu aproximando-me a medo e vendo o hall de entrada no prédio molhado pela chuva que entrava e com pegadas de botas a subir pela escada. – tem calma. Vou ver. Nunca se sabe quando um delinquente qualquer entra e fica por aqui.
- Oh sim, meu Deus, um policial agora queres ver? – gozou Dora atrás de mim. Não fiz caso e entrei decidido mas atento para não ficar mal visto aos olhos dela.
- Desculpa, mas não és de todo parecida com a tua irmã.
- Hum, que queres dizer?
- Não sei, mas o tom de pele e o cabelo.
- Sim, eu percebo, durante muito tempo, quando éramos crianças, ninguém acreditava que eu era irmã dela e bem de certa forma têm razão.
- Ah? Que queres dizer com isso.
- Bem, além de sermos muito diferentes, não somos filhas da mesma mãe, tu percebes.
- Então o vosso pai esteve casado duas vezes?
- Sim mais ou menos, a Zoe nasceu e pouco depois a mãe dela separou-se do meu pai. Aliás eu nem tenho os mesmos nomes que ela. Dora Lorenzo Soto Guzman. – elucidou-me ela enquanto me espetava com um cartão de cidadão italiano em frente da cara por momentos e se ria num gesto brusco e rápido. - Encantada por o conhecer.
- Bem, duvido. – Afinal estava mal vestido e com umas sapatilhas todas rotas, além de estar cheio de sono. A Zoe não podia ter escolhido pior altura e momento para me apresentar à irmã. – Mas então tu és mais nova que a Zoe?
- Hum, hum, porquê? Não se nota? – perguntou ela enquanto se ria e fazia uma pirueta em plena rua rodopiando sobre si própria levando o cabelo grande e solto a passear no ar de forma graciosa assim como os seus dedos nodosos e delicados, tais como os da irmã, mas mais brancos e frágeis.
- Não, não é isso, não pareces, só isso. – disse eu, outra vez embaraçado enquanto tinha parado a olhar para ela no meio da rua maravilhado com os seus movimentos. Ia ser complicado viver com ela já vi. Existia nos seus olhos uma quantidade de loucura mensurável e contida, mas que às vezes se revelava em gestos ou movimentos e lá estava, sem mais nem menos já estava cinco metros à minha frente.
- Então o caminho? É por aqui ou não? Detesto ficar parada.
- Sim, é por aí. – Apressei o passo para a alcançar. – Os teus nomes soam a espanhol...
- Claro, porque são. A minha mãe era espanhola, ou melhor de origem, porque se formos a ver era tão inglesa como qualquer outro que cá tenha nascido.
- É de facto normal, toda a gente vem cá parar, nem que seja pelo menos uma vez na vida. Mas não pareces nada mediterrânea, já a tua irmã...
- Estás a falar do tom de pele? Da altura? Dos olhos?
- Sim, tudo isso.
- Eu sei, mas que queres que te diga? Adoptada não fui, mas a minha mãe também não tinha muito o aspecto mediterrâneo que falas. Acho que tanto eu como a Zoe herdámos mais das nossas mães do que dos pais. Inclusivé o feitio.
- Disso duvido. Pareces-me também bastante...
- Bastante o quê?
- Ei chegámos, mas espera. A porta está aberta. Toda a gente mesmo sabendo que não ela fecha tem o cuidado de pelo menos a encostar. – disse eu aproximando-me a medo e vendo o hall de entrada no prédio molhado pela chuva que entrava e com pegadas de botas a subir pela escada. – tem calma. Vou ver. Nunca se sabe quando um delinquente qualquer entra e fica por aqui.
- Oh sim, meu Deus, um policial agora queres ver? – gozou Dora atrás de mim. Não fiz caso e entrei decidido mas atento para não ficar mal visto aos olhos dela.
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